AULA
PRÁTICA – COLECÇÕES BOTÂNICAS: HERBÁRIOS
Coleções botânicas são reuniões ordenadas de vegetais ou de
partes deles para fins científicos. As coleções podem ser de plantas vivas ou
mortas devidamente armazenadas. Seguindo a tendência atual, há coleções
botânicas virtuais de floras locais, regionais ou nacionais. Elas são compostas
por fotos de plantas inteiras ou de ramos com flores e frutos
(http://www.ufjf.br/floraserranegra/ herbario-virtual/;
http://reflora.jbrj.gov.br/), de grãos de pólen (www.paldat.org) ou por
informações sobre sequências de DNA (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank).
COLECÇÕES BOTÂNICAS MAIS COMUNS
As coleções botânicas mais comuns são:
- Herbário;
- Fototecas (coleção de fotografias de espécimes de outros herbários, geralmente tipos nomenclaturais);
- Carpoteca (coleção de frutos);
- Xiloteca (coleção de madeiras);
- Palinoteca;
- Laminário de Células e Tecidos Vegetais;
- Bancos de Germoplasma;
- Horto Botânico e
- Jardim Botânico.
Herbários: um pouco de história
Historicamente,
as coleções de plantas secas e cosidas em papel iniciaram-se no século XVI em
Itália (Luca Ghini (1490?-1556)).
Foi Lineu, já
no séc. XVIII, quem difundiu o uso de montar exemplares em folhas de papel e
guardá-los horizontalmente; é o autor da obra, Species plantarum (1753),
a partir da qual se passaram a designar as plantas pelo binome latino.
O
que é um herbário?
- Um herbário - do latim herbarium - é o nome empregado para designar uma coleção de plantas (prensadas e secas (mortas) ou fungos, ou de partes desses, técnica e cientificamente armazenadas em armários próprios e organizadas segundo uma sistemática ou em ordem alfabética de famílias.
Os herbários são
prioritariamente utilizados para estudos da flora ou micota de uma determinada
região, país ou continente, enfocando morfologia, taxonomia, biogeografia,
história e outros campos do conhecimento, sendo a sua utilização
mais comum constituir uma base de dados.
Finalidades de um herbário:
Entre outras finalidades, os
herbários são utilizados para:
- Possibilitar e manter a comunicação científica entre os taxonomistas do mundo. Essa comunicação é feita por meio do intercâmbio entre herbários, que envolve permutas, empréstimos ou doações de espécimes, visando à sua identificação por taxonomistas especialistas vinculados aos acervos
- Identificação de espécimes de plantas e fungos desconhecidos, pela comparação com outros espécimes da coleção herborizada, previamente identificados por especialistas;
- Inventário da flora ou da micota de uma determinada área;
- Reconstituição da vegetação e da micota de uma região;
- Avaliação da acção do homem, da poluição ou do efeito de eventos e perturbações naturais na vegetação e na micota de uma área específica;
- Reconstituição de caminhos percorridos por naturalistas, botânicos ou coletores, e de parte de suas histórias de vida 1 . Desta forma, muitos dados podem ser obtidos no manuseio do material herborizado, ou nas consultas às informações contidas nas etiquetas dos exemplares, disponíveis em bancos de dados, muitos dos quais on line 2 ou em fichários nos próprios herbários.
- Fornecem material didático e científico para estudantes de graduação e de pós-graduação.
Desta, é
possível extrair, utilizar e adicionar informações sobre cada uma das
populações ou espécies e aplicá-la com diversos objetivos: identificação,
pesquisa e educação.
AO PRIMEIROS HERBÁRIOS
HERBÁRIOS COM COLECÇÕES DE ANGOLA
Por motivos
históricos, a melhor representação em Herbário da flora de Angola encontra-se
depositada na Europa.
Em Portugal, três Herbários possuem um
elevado número de colecções originárias de Angola. Em Lisboa, os Herbários LISC
(Instituto de Investigação Científica Tropical) e LISU (Universidade de
Lisboa), em conjunto, contêm cerca de 90 000 espécimes de Angola. LISU possui a
colecção completa de F. Welwitsch (o ‘study set’), e LISC a primeira série de
grande parte da colecção de J. Gossweiler. Os materiais colhidos por estes dois
colectores serviram de base para a descrição da maioria das plantas endémicas
em Angola e de outras não-endémicas, por eles colhidas pela primeira vez. O
Herbário LISC possui também uma boa colecção de material dos anos 1960–70.
Devido à guerra em Angola e à impossibilidade de realizar trabalhos de campo no
período que se seguiu, para muitas espécies não existem colecções de Angola
posteriores a 1960–1970. O Herbário da Universidade de Coimbra (COI) é o maior
Herbário português e contêm também uma boa representação da flora de Angola,
incluindo espécimes de todos os colectores mais relevantes, sendo
particularmente importantes vários espécimes únicos (sem duplicados noutros
Herbários). Entre as colecções de Angola de maior importância nesse Herbário
referem-se as obtidas durante as duas ‘Missões Botânicas’ desenvolvidas em 1927
e 1937– 1938.
O Reino Unido é outro país europeu onde
são conservadas colecções da flora de Angola de grande importância,
particularmente devido ao número de espécimes-tipo. Estas colecções
encontram-se nos Herbários K (Royal Botanic Gardens, Kew), BM (The Natural
History Museum, London) e E (Royal Botanic Garden, Edinburgh).
Alemanha, França, Bélgica, Suíça e Áustria, possuem também colecções relevantes, nos Herbários B (Botanischer Garten und Botanisches Museum Berlin-Dahlem), P (Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris), BR (Jardin Botanique National de Belgique), G (Conservatoire et Jardin botaniques de la Ville de Genève) e W (Naturhistorisches Museum, Wien), entre outros.
Alemanha, França, Bélgica, Suíça e Áustria, possuem também colecções relevantes, nos Herbários B (Botanischer Garten und Botanisches Museum Berlin-Dahlem), P (Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris), BR (Jardin Botanique National de Belgique), G (Conservatoire et Jardin botaniques de la Ville de Genève) e W (Naturhistorisches Museum, Wien), entre outros.
Em África, uma
boa representação das colecções de Angola encontra-se no Herbário PRE (South
African National Biodiversity Institute, Pretoria), que, além de incluir várias
colecções
relativamente recentes, possui também duplicados das colecções dos anos 1960–70
enviadas de Herbários Angolanos, e c. 500 duplicados da colecção de Welwitsch.
TRÊS MAIORES
HERBÁRIOS DE ANGOLA
Finalmente, em
Angola, existem presentemente três Herbários listados no Index
Herbariorum (1998): LUBA
(Instituto Superior de Ciências da Educação, Lubango), com cerca de 50 000
espécimes; LUA (Instituto de
Investigação Agronómica, Huambo), com c. 40 000 espécimes, o qual em 1995 foi
transferido temporariamente para LUAI; e LUAI
(ex-Centro Nacional de Investigação Científica, Luanda), com cerca de 35 000
espécimes. Entre eles, LUA é particularmente importante porque, além de incluir
duplicados da colecção Gossweiler, possui também duplicados das colecções de
Antunes e Dekindt. O material colhido por estes dois padres missionários e
depositado no Herbário B (em Berlim) serviu de base para a descrição de vários
taxa cujos holótipos constitui.
Mais tarde,
durante a Segunda Guerra Mundial, muitos destes holótipos foram destruídos num incêndio que consumiu o Herbário.
Apesar de, para alguns destes nomes, se pensar que o exemplar destruído em
Berlim era único, verificou-se recentemente (Figueiredo 2008) que podem existir
duplicados (isótipos) entre as colecções de LUA, o que demonstra a importância
deste Herbário. Infelizmente, a conservação do Herbário LUA suscita
preocupações. Devido à transferência das colecções e à sua conservação em
caixas durante os últimos 10 anos, os espécimes encontram-se danificados, de
acordo com informações fornecidas por vários investigadores que têm consultado
as colecções. Espera-se que num futuro próximo este Herbário possa ser de novo
transportado para a sua localização original no Huambo.
Um
herbário contém geralmente, representantes da composição da flora local,
regional,
nacional e até mesmo mundial. Porém os herbários só serão oficialmente
reconhecidos
quando registrados no Index Herbariorum , publicado a cada 6 anos.
Assim,
cada herbário no mundo é cadastrado, relacionando a localização, a flora que
está
representada no herbário, o número de espécimes do acervo, o corpo de
pesquisadores
ligados ao herbário, bem como a especialidade de cada um, além de
receber
uma sigla, no caso do herbário oficial da Universidade Federal de Viçosa, é
conhecido como herbário VIC.
TIPOS DE ANGOLA
O número de espécimes
tipo provenientes de Angola é elevado e encontra-se bem distribuído,
principalmente nos Herbários europeus. Na sua maioria, estes tipos estão
presentemente a ser digitalizados e estarão acessíveis na forma de imagens de
alta qualidade através do website do Aluka (http:// www.aluka.org/).
Actualmente (Janeiro de 2008), mais de 11 600 imagens de espécimes de Angola
estão disponíveis no Aluka. Espera-se que, uma vez concluída, esta base de
dados tenha uma boa representação da flora de Angola.
No Herbário
LISC o número total de tipos de Angola é actualmente de 1 367, esperando-se que
aumente à medida que a colecçãos do extinto LISJC fôr incorporada. Em LISU
foram identificados 1 433 tipos de Angola mas um número elevado de tipos não se
encontra assinalado como tal. Em COI existem pelo menos 935 tipos de Angola
(Aluka, acedido em Janeiro de 2008). Imagens destes tipos estão disponíveis no
website do Aluka. Para outros herbários europeus os valores estão ainda
incompletos.
COLETA
MATERIAIS PARA COLETA DE MATERIAL VEGETAL
A coleta de amostras de plantas de determinada flora é realizada por meio de excursões organizadas para esse fim. Essas excursões são planejadas, geralmente, por taxonomistas ou estudantes de pós-graduação e de graduação, que buscam, respectivamente, os resultados de suas pesquisas ou de trabalhos de tese, dissertação, monografia ou de uma cadeira. O período de cada excursão é variável e depende de diferentes fatores (distância da área escolhida, disponibilidade de mão de obra, condições climáticas, etc.). Geralmente, os participantes realizam a coleta ao longo do dia e a prensagem ao entardecer. No dia seguinte, a rotina continua.
Para coletar espécimes de plantas
e fungos, é importante que o pesquisador tenha autorização de instituição competente. Depois de estudado e identificado, o material deve ser
depositado em herbário, para ser registrado e conservado. Quando não é possível
a identificação de imediato, o material pode ser depositado e, posteriormente,
estudado por um especialista do grupo correspondente.
MATERIAIS PARA COLETA DE MATERIAL VEGETAL
- Binóculo: Auxilia
o profissional na localização de material fértil, bem como na própria
identificação das espécies em campo.
- Tesoura de poda:
Utilizada para redução do material coletado, à apenas o tamanho e número
necessário para montagem das exsicatas.
- Caderno de coleta: Permite fazer anotações, que irão facilitar a
posterior identificação dos materiais botânicos coletados. Deverão ser
anotados, o local e a data de coleta, o coletor, o tipo de vegetação (se
cerrado, mata estacional semidecidual, etc.), o hábito de crescimento, o
número do indivíduo (se for o caso), o nome vulgar regional e
principalmente as características do indivíduo que são perdidas nas
coletas, como por exemplo: tipo de tronco (se fissurado, estriado, em
placas, etc.), cheiro, presença de látex, cor da flor, etc.
- Caneta:
Utilizada tanto para anotação, como para marcar os materiais vegetativos
coletados.
- Fita crepe: Todo
material botânico coletado, deverá ser identificado com auxílio de uma
fita crepe, contendo o número do indivíduo.
- Saco de plástico: Utilizado para acondicionar em campo o material
coletado.
- Canivete: Auxilia
na constatação de determinadas características em campo, como retirada de
casca para averiguar cor e odores, verificação da presença de látex, etc.
ANOTAÇÕES DE CAMPO
As informações indispensáveis sobre cada espécime coletada, anotadas no caderno de coletas, são:
§
- Número do coletor: as anotações são organizadas em numeração arábica crescente. Cada coleta, que inclui todas as cópias de determinada planta, recebe um único número. Não pode haver mais de uma numeração para uma mesma coleta (IBGE, 2012).
- Procedência ou local de coleta: refere-se à localidade específica da coleta, que deve ser descrita de tal modo que qualquer pessoa interessada em obter novamente aquele material, possa voltar ao local de coleta sem dificuldades. A procedência correta inclui o país, o estado, o município, a descrição do local da coleta e as suas coordenadas geográficas; se não for possível, procure as coordenadas de um local próximo. Por exemplo: Brasil, Minas Gerais, Viçosa, estrada Viçosa-Ponte Nova, km 8, do lado direito, no barranco, coordenadas 20°43’05.9”S e 42°50°00.8”W.
- Data da coleta: é importante porque fornece informações sobre a fenologia (períodos de floração e, ou frutificação) de cada espécime coletado. Conhecendo-se o período de frutificação, por exemplo, fica facilitada a coleta de sementes, em caso de árvores matrizes.
- Nome do(s) coletor(es): o nome do coletor é fundamental para se obter, se necessário, informações adicionais sobre determinado espécime coletado. É importante anotar os nomes de todos os botânicos que participaram da coleta. No entanto, deve-se estabelecer ,a priori, o chefe da equipe, que utilizará o seu caderno de coletas. O nome do coletor chefe e o seu número de coleta são dados permanentemente ligados ao espécime coletado.
- Observações sobre a planta e informações gerais: abrangem características que se perdem ao se retirar a planta do seu habitat ou após secá-la. Por exemplo, deve-se anotar: o nome popular da planta (se existir); seu hábito (árvore, arbusto, subarbusto, erva, trepadeira); substrato (terrestre, aquática, parasita, epífita, rupícola, brejosa); altura; aspecto do tronco (no caso das espécies arbóreas); coloração da flor, do fruto ou de qualquer outra parte do vegetal que fuja da cor verde; odor liberado pela planta, incluindo o da flor (adocicado, de fruto em decomposição, suave, etc.); a frequência com que aparece no local (rara, frequente, muito frequente); e dados de solo (argiloso, arenoso, encharcado). É muito comum incluir observações ecológicas, como a presença de animais na planta ou em suas flores (abelhas, vespas, formigas, etc.). Outra informação importante é o domínio fitogeográfico e a formação vegetal em que a planta foi coletada. Essa informação é de grande utilidade para estudos de ecologia e biogeografia, mas é comumente esquecida ou mal descrita. Algumas bibliografias sugeridas para obter essas informações são: Oliveira-Filho & Fontes (2000), Ab’Saber (2003) e IBGE (2012).
COLETA VEGETAL: CUIDADOS
- Escolher exemplares sem vestígios de ataque pelos
insetos, infecções de fungos;
- Evitar indivíduos depauperados;
- Certificar-se de que o exemplar está florido ou
frutificado.
- O material estéril em geral não tem valor.
HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO
Materiais utilizados na herborização
Prensagem
Os materiais botânicos mais
sensíveis ao calor ou ao corte, que murcham rapidamente, como, plantas
aquáticas (especialmente as suas flores), espécies com pétalas caducas, ou com
folhas compostas, devem ser prensados no ato da coleta. Sugere-se o mesmo
procedimento para as espécies de Asteraceae. Nessas plantas, o receptáculo de
suas inflorescências (capítulos) tende a alterar sua morfologia com o
murchamento. Portanto, o coletor também deve incluir uma prensa entre os materiais
utilizados em campo. Geralmente são feitas de madeira no formato 42 x 30 cm, tendo correias para comprimir fortemente a pilha formada pela sobreposição do material botânico.
Folha de alumínio enrugada
São utilizadas entre os papelões no intuito de permitir a passagem do ar quente, acelerando a secagem, são de dimensões iguais à prensa.
São utilizadas entre os papelões no intuito de permitir a passagem do ar quente, acelerando a secagem, são de dimensões iguais à prensa.
Folha de papelão
São colocadas entre as folhas de jornal, contendo as plantas.
São colocadas entre as folhas de jornal, contendo as plantas.
Folha de jornal
Cada material coletado, é envolvido com uma folha de jornal, no intuito de facilitar a secagem. As plantas que ultrapassarem as dimensões padrões das exsicatas, deverão ser dobradas em "V" ou em "W", no ato da prensagem.
Cada material coletado, é envolvido com uma folha de jornal, no intuito de facilitar a secagem. As plantas que ultrapassarem as dimensões padrões das exsicatas, deverão ser dobradas em "V" ou em "W", no ato da prensagem.
A seqüência para a montagem do conjunto a ser prensado, é a seguinte: folha de papelão, folha de alumínio enrugada, folha de papelão, folha de jornal contendo o material botânico, folha de papelão, folha de alumínio enrugada, folha de papelão. Esta seqüência pode ser repetida quantas vezes for possível de acondicionar na prensa.
Algumas importantes observações sobre a prensagem:
- As plantas herbáceas que ultrapassam as medidas da prensa devem ser cuidadosamente dobradas em “V”, “N” (Figura A) ou “W” (Figura B) durante o processo de prensagem. Para evitar que essas plantas se quebrem quando dobradas, o local do caule em que será feita a dobra deve ser previamente amassado.
- As flores delicadas devem ser protegidas, envolvendo-as com lenço de papel ou papel higiênico.
- Evita-se colocar no jornal mais de uma cópia de material botânico, reduzindo a humidade da planta que passará para o papel e, assim, fica diminuída a possibilidade de surgimento de fungos.
- No momento em que se estiver colocando a planta no jornal, ela deve ser manuseada, evitando a sobreposição de folhas e flores. Nessa etapa, também é recomendado retirar o excesso de folhas ou outras estruturas (Figura C) e arranjar folhas com as faces, ventral e dorsal, voltadas para o mesmo lado (Figura D). Esta recomendação vem da necessidade posterior da análise de tricomas, glândulas e de outros caracteres, às vezes restritos a uma das faces foliares, que possam ser importantes para identificação do material.
- Para acelerar o processo de secagem, alguns herbários utilizam placas de alumínio corrugado entre papelões e jornais.
- É possível o manuseio do material botânico quando ainda está úmido; depois de seco é impossível qualquer alteração sem danificá-lo.
ACTIVIDADES DE LABORATÓRIO
A) Estufa para secagem
As estufas para secagem de plantas podem ser construídas ou até mesmo improvisadas. Consiste em uma câmara geralmente de madeira onde ao fundo se encontram instaladas lâmpadas que auxiliam na secagem dos materiais botânicos. A temperatura fica em torno de 60°C, levando aproximadamente 72 horas para a secagem, dependendo da característica do material botânico.
No caso de uma secagem sem
estufa, a prensa deverá ser colocada em local ensolarado, ventilado ou próximo
de uma fonte de calor (veja em Vieira & Carvalho-Okano, 1985). Os jornais
devem ser trocados uma vez por dia, pelo menos, para tentar prevenir o ataque
de fungos. Nunca deixe o material sob sereno.
MONTAGEM DE EXSICATAS
Após a secagem, o material
botânico pode ser montado para a sua inclusão na coleção.
A planta deverá ser costurada com linha e agulha por pontos numa cartolina branca de tamanho padrão (30 x 40 cm) e boa textura, permitindo um manuseio
mais seguro do material. Os frutos ou flores que por ventura soltarem do material
a ser costurado poderá ser acondicionado em um pequeno envelope e ser fixado no
canto superior esquerdo da cartolina de montagem.
Etiqueta ou rótulo (12 x 10 cm): A etiqueta é colocada
no canto inferior direito da
cartolina de montagem, contendo as informações, conforme o modelo abaixo:
Capa (42
x 59 cm): Geralmente de papel Kraft, envolve a cartolina com o material já
Duplicatas: Ficam acondicionadas em jornais, contendo
tantas etiquetas quanto
forem as
duplicatas. Estes materiais ficam disponíveis para doações, trocas e envio
para
identificação de especialistas.
As
exsicatas apresentam dimensões padronizadas, pois isso permite que as
exsicatas
sejam, doadas, permutadas ou mesmo enviada para identificação em todo o
mundo, e
que sejam armazenadas adequadamente em qualquer lugar em função de suas
dimensões
padronizadas (Fig.6). Dependendo do herbário, podem ser anexadas ao
acervo
tanto exsicatas completas como estéreis (Fig.7 e 8).
Após a
montagem das exsicatas, estas deverão ser cadastradas no caderno de
registro
do herbário, passarão posteriormente por um expurgo antes de serem
adicionadas
à coleção. Depois de expurgadas, as plantas irão para o herbário, onde serão
acondicionadas em armários de aço para consultas.
1. Escolha o
melhor lado para posicionar o espécime para que TODAS AS CARACTERÍSTICAS possam
ser visualizadas!
2. Exponha
flores ou frutos que estejam escondidos através da remoção de folhas e coloque
estas partes removidas em uma cápsula de papel.
3. Exponha as
duas faces das folhas – se necessário destaque uma folha e vire-a ou coloque-a
na cápsula de papel.
4. No caso de
uma única folha grande, corte uma parte e vire-a ou coloque na cápsula de papel.
5. Exponha
todos os aspectos das flores possíveis.
6. Se for
possível, separe as plantas sem danificar; remova também qualquer porção de
solo das raízes.
7. Quando for
montar mais de uma planta/ramo na mesma folha:
a. Mantenha
todas com o ápice para cima;
b. Coloque os
espécimes maiores ou mais o mais pesado mais abaixo para prevenir que a folha
se dobre quando for manipulado.
8. Plantas
pequenas: se numerosas, espalhe algumas, mas coloque a maioria em uma cápsula
de papel; se forem poucas, monte uma e guarde o restante na cápsula.
9. se for
possível, corte somente o caule.
10. Corte
folhas somente se existirem outras folhas inteiras e bem conservadas.
11. Remova uma
folha inteira e coloque-a na cápsula de papel.
12. Espécimes
volumosos: arrume na folha de montagem. Corte os espécimes volumosos, as
projeções ou ramos que ficam voltados para frente, pois estes podem causar danos
às exsicatas adjacentes no herbário.
13. Evite
montar espécimes volumosos ou itens delicados próximo ao lado esquerdo da
folha, pois eles podem ser esmagados na dobra da capa do gênero
14. Espécimes
muito grandes são melhor arranjados na diagonal. Isto provê mais espaço e mais
amplitude para o posicionamento longitudinal; isto também pode prevenir que
partes do material fique sobre a etiqueta.
Figura 6
- Exsicata costurada, com etiqueta de identificação e com suas respectivas duplicatas.
Exsicatas (IICT)
Etiquetas
Lubango
Descontaminação
é feita em freezer (-20ºC)
Armários do
Herbário
Lubango
Organização
dos armários
Uma exsicata por estudante (entre os principais grupos de plantas (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas).
- As plantas coletadas, prensadas e montadas devem ser entregue até o dia 20 de Novembro de 2017.
- As plantas coletadas, prensadas e montadas devem ser entregue até o dia 20 de Novembro de 2017.
• Além disso, deverá ser entregue uma descrição
morfológica para cada uma das espécies coletadas.
O docente ajudara a chegar a nomes de famílias e/ou
gêneros…
Glossário
Espécie: Unidade básica de classificação dos seres vivos. Designa populações de seres com características genéticas comuns, que em condições naturais reproduzem-se gerando descendentes férteis e viáveis. Embora possa haver grande variação morfológica entre os indivíduos de uma mesma espécie, em geral, as características externas de uma espécie são razoavelmente constantes, permitindo que as espécies possam ser reconhecidas e diferenciadas uma das outras por sua morfologia.
Espécie endêmica: Espécie animal ou vegetal que ocorre somente em uma determinada
área ou região geográfica.
Espécie exótica (Biologia): Espécie presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária.
Espécie extinta: Espécie animal ou vegetal de cuja existência não se tem mais conhecimento por um período superior a 50 anos.
Espécie fora de perigo: Espécie vegetal ou animal que foi protegida através de medidas bem-sucedidas e que portanto não mais se encontra em uma das categorias de risco.
Espécie nativa: espécie que ocorre naturalmente em uma região.
Espécie naturalizada: espécie que foi transportada para outra região pela acção humana e que consegue reproduzir-se e propagar-se sem a intervenção do homem.
Espécime: planta colhida.
Espécime tipo: espécime que carrega o nome de uma espécie ou táxon infra-espécifico.
Holotipo: Único espécime de uma espécie ou táxon infra-específico designado como tipo pelo autor do nome do táxon; ou o único exemplar designado pelo autor como tipo ou holótipo. O espécime que carrega o nome.
Exsicata: espécime montado.
Herbário: Local onde uma colecção de plantas é armazenada, normalmente onde as plantas são prensadas, secas e montadas em uma cartolina, identificadas e etiquetadas com a localidade de proveniencia, habitat e data, de modo que posteriormente possam ser estudadas.
Referências Bibliografica
Glossário
Espécie: Unidade básica de classificação dos seres vivos. Designa populações de seres com características genéticas comuns, que em condições naturais reproduzem-se gerando descendentes férteis e viáveis. Embora possa haver grande variação morfológica entre os indivíduos de uma mesma espécie, em geral, as características externas de uma espécie são razoavelmente constantes, permitindo que as espécies possam ser reconhecidas e diferenciadas uma das outras por sua morfologia.
Espécie endêmica: Espécie animal ou vegetal que ocorre somente em uma determinada
área ou região geográfica.
Espécie exótica (Biologia): Espécie presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária.
Espécie extinta: Espécie animal ou vegetal de cuja existência não se tem mais conhecimento por um período superior a 50 anos.
Espécie fora de perigo: Espécie vegetal ou animal que foi protegida através de medidas bem-sucedidas e que portanto não mais se encontra em uma das categorias de risco.
Espécie nativa: espécie que ocorre naturalmente em uma região.
Espécie naturalizada: espécie que foi transportada para outra região pela acção humana e que consegue reproduzir-se e propagar-se sem a intervenção do homem.
Espécime: planta colhida.
Espécime tipo: espécime que carrega o nome de uma espécie ou táxon infra-espécifico.
Holotipo: Único espécime de uma espécie ou táxon infra-específico designado como tipo pelo autor do nome do táxon; ou o único exemplar designado pelo autor como tipo ou holótipo. O espécime que carrega o nome.
Exsicata: espécime montado.
Herbário: Local onde uma colecção de plantas é armazenada, normalmente onde as plantas são prensadas, secas e montadas em uma cartolina, identificadas e etiquetadas com a localidade de proveniencia, habitat e data, de modo que posteriormente possam ser estudadas.
Referências Bibliografica
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